Candidato quer disponibilizar medicamentos como a hidroxicloroquina, azitromicina e zinco na rede pública de saúde

Bruno Engler faz caminhada no bairro Alípio de Melo |
Foto: Divulgação/Assessoria
Por LUCAS HENRIQUE GOMES
30/10/20 - 13h59
https://www.otempo.com.br/
O candidato à Prefeitura de Belo Horizonte Bruno Engler (PRTB) realizou uma caminhada no bairro Alípio de Melo, região Noroeste da cidade, na manhã desta sexta-feira (30) e conversou com comerciantes sobre a proposta de retomar em tempo integral o horário de funcionamento das lojas. O parlamentar também conversou com pedestres e fez a tradicional pausa de campanha para comer pastel e tomar caldo de cana.
Para o candidato, o funcionamento pleno das atividades comerciais da cidade deve ser mantido ainda que o país viva uma segunda onda de coronavírus, como vem ocorrendo em países europeus. Nesta semana, Alemanha, França, Itália e Reino Unido bateram recordes de novos casos de Covid-19. Os franceses registraram, na última terça-feira (27), 523 mortes em 24h, maior número desde abril, o que levou o governo francês a adotar um novo lockdown.
“De maneira nenhuma nós vamos fechar o nosso comércio, fechar Belo Horizonte e quebrar ainda mais pessoas e gerar mais desemprego”, afirmou Engler sobre as medidas em uma possível segunda onda. Perguntado se é possível conciliar o combate a uma pandemia sem restrições de funcionamento na cidade, o deputado estadual foi objetivo ao dizer “claro que tem”. “Seja através do uso de máscaras, de higienização, você não pode quebrar ainda mais o comércio. A gente fala de políticas de se lidar com o coronavírus, no início da pandemia estava todo mundo criticando a Suécia e elogiando a Argentina porque a Suécia não fechou e a Argentina trancou toda. Hoje a Argentina está com os números disparando de coronavírus e a Suécia já está com a pandemia controlada, os números estão estabilizados e diminuindo, então essa história de que a ciência manda fechar, tem que ver quais cientistas estão dando essas orientações. A gente consegue sim encarar essa pandemia com o nosso comércio funcionando, mantendo a atividade comercial de Belo Horizonte em fundamento”, explicou.
Perguntado se manteria a composição do atual comitê de enfrentamento à pandemia instituído na capital mineira, o candidato do PRTB disse ser necessário ter “infectologistas de todas as visões” porque na visão dele, atualmente, o quadro atual é favorável apenas ao fechamento da cidade. Ele quer colocar no grupo de enfrentamento pessoas que “leram os estudos ligados ao protocolo de tratamento com hidroxicloroquina e que defendem o isolamento vertical” para ter um amplo debate sobre a doença, mas sem atrapalhar o funcionamento do município.
Para ampliar o combate à doença, se eleito, Bruno Engler ressaltou a vontade de adotar o que chamou de “protocolo precoce de tratamento da Covid-19” com a disponibilização de medicamentos como a hidroxicloroquina, azitromicina e zinco na rede pública de saúde. “(Queremos) dar essa opção para os belo-horizontinos que assim desejarem, tem dado um resultado excelente onde foi aplicado gerando menos internações e menos mortes. Se preciso for, trabalhar junto ao governo do Estado para voltar com a estrutura do hospital de campanha que graças a Deus na primeira onda não precisou ser utilizado, mas deixar ele à disposição para caso precise desses leitos extras de Covid”, disse.
Ao ser questionado se acreditaria na chegada da segunda onda da pandemia no Brasil, Engler afirmou que “o que se fala é que o vírus se espalha de maneira mais agressivo em climas mais frios” e que por isso, com a proximidade do verão no hemisfério sul e, consequentemente, no Brasil, acredita que não terá o mesmo impacto visto nos países europeus. Ele voltou a defender, entretanto, que se a onda chegar, é necessário levantar o hospital de campanha novamente.
“No início da pandemia muito se falava que a nossa estrutura de saúde ia colapsar e graças a Deus não colapsou, o governo Zema junto à Fiemg como precaução fez um hospital de campanha e foi muito necessário para que tivéssemos um colchão de segurança, mas não foi preciso usar um leito do hospital de campanha. Então em uma perspectiva de segunda onda, acho que a gente tem que se mobilizar para estar fazendo de novo uma estrutura de campanha para ter essa segurança, mas acredito que vamos conseguir passar por isso, dentro de um contexto de pandemia, de forma normal”, declarou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário